Biólogo da Agroecologia e Colaborador do Projeto Água Boa
“Muito já foi feito nas últimas décadas para o abastecimento hídrico no Brasil visando o acesso de água potável para grandes centros urbanos e comunidades interioranas dos Estados. Em nosso seminárido cearense, políticas públicas, como perfuração de poços, construção de açudes, instalação de cisternas e apoio emergencial com carros pipa, já são bem conhecidas por gestores públicos, que visavam com as mesmas garantir acesso quantitativo deste bem tão precioso. Já quanto à qualidade da água, os centros urbanos contam com grandes estruturas de tratamento capazes de atender um grande contingente populacional coeso. Porém, as comunidades rurais difusas dificilmente tem acesso à água tratada e desprovida de vírus, bactérias, e protozoários para consumo pessoal.
Neste contexto, a experiência realizada pelo Instituto Manamauê, através do Projeto Água Boa, com as famílias da comunidade de Cacimbinha no município de Pentecoste-CE,
se mostrou uma alternativa barata, prática e disruptiva no enfrentamento deste desafio. A nanotecnologia presente neste equipamento de baixo custo (Purafiltra) é capaz de remover partículas e microorganismos indesejados, protegendo as famílias contra doenças de veiculação hídrica, podendo assim se tornar uma política complementar alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 6 (ODS) de assegurar a disponibilidade sustentável de água a todos.”