Antonia Liduina

Antonia Liduína Castro

Agente Comunitária de Saúde da comunidade e colaboradora do Projeto Água Boa

 

“Meu nome é Antônia Liduína Castro, sou Agente Comunitária de Saúde, nas localidades Miguá – Terra e Cacimbinha, município de Pentecoste – Ceará. A água melhorou, né, as famílias não tiveram mais diarréia, vômitos e outros. Lembro que antes eles não filtravam a água e depois do filtro do Projeto Água Boa, é água filtrada de qualidade. Eles perceberam a importância de filtrar a água, né? Gostaria que outras famílias também tivessem a oportunidade de fazer parte desse projeto. Sim, é muito importante levar esse projeto às outras comunidades para melhorar a vida, a saúde das famílias. Eu apoio o Projeto Água Boa do Instituto Manamauê”.

Francisco Valmir

Francisco Valmir Marque de Sousa

Morador da comunidade, agricultor e participante do Projeto Água Boa

 

“Meu nome é Francisco Valmir Marques de Sousa. Minha profissão é agricultor. Antes era coada em pano, né. Hoje, agora com a chegada desse filtro, melhorou cem por cento. Eu notei a qualidade boa da água, que a gente…, eu notei que a água, ela fica acumulada, não tem aquele, tem um liso na água, sabe? Quando não era filtrada, a gente notava que tinha um… aquela liga, a gente ia lavar o tambor, por exemplo, botava a água, dois, três dias no

tambor, se você fosse, quando você ia lavar, você só sentia aquela liga que tinha, aquele negócio, e agora… um dia a gente foi lavar, a gente lava ali o tamborzinho da água que a gente bota e eu tava dizendo pra Gercileuda: rapaz, essa água é boa demais, esse filtro é bom demais! Quem não tem aquele…, acabou aquela liga que tinha na água, no, deixava no… parece que assentava a água, nera? Parece que não era bem coada a água, aí assentava alguma coisa que quando a gente ia lavar o tambor ficava aquele, aquela ligazinha, aquele sujinho, aquela que é tipo uma lama, uma lama coalhada, né? A gente notava, e eu senti diferença depois que nós começamos a coar a água no filtro, depois do filtro, né, a gente notou a diferença. Acho que há mais de quatro meses já, né? De cinco a seis meses, né, que a gente ta usando já o filtro e eu tô gostando da água filtrada, com certeza, aonde a gente bebe por aí que vê que não é filtrada, a gente sente a diferença, o sabor. É, uma vez eu senti, a gente bebia uma água ruim demais, era uma água pouquinha, eu senti, lá todo mundo sentiu problema nessa época. Nós tava pescando na vazante grande, aqui perto da zero vinte, e a gente bebia água de um açude pequeno, e a gente, todo mundo sentiu dor de barriga naquela época, uma dor insuportável mesmo, passei, passaram semanas e semanas doendo. Não, não senti não, diarreia não, senti mais nada não. Não tem problema não. Mais importante mesmo é pra beber, né, e a Gercileuda cozinha, a gente bebe, cozinha… é boa. Mudou, o gosto é… ficou gostosa a água, eu notei, a gente nota a diferença, pra melhor, né? É boa a água. Eu apoio o Projeto Água Boa do Instituto Manamauê.”

Maria Sheila

Maria Sheila Ferreira

Moradora da comunidade, dona de casa e participante do Projeto Água Boa

 

“O meu nome é Sheila, e a minha profissão eu sou agricultora e dona da minha casa. Não, eu não tenho o que dizer nada não, tá muito bom, muito bom mesmo. Das pessoas que ficaram aí com os filtros, têm poucas, né, só mais agora eu e mais a comadre, era o filtro pra lá e pra cá, tá muito bom. Não, a água, ela tá muito boa agora, agora ela fica mais fina a água quando a cisterna tá cheia que tá chovendo, a água tá mais fina, mas quando a cisterna vai ficando com a água mais pouca, vai ficando grossa, mas no filtro melhora mais ainda.

A gente tirava a água da cisterna, coava… Era, a gente ponhava da cisterna no balde pra botar no pote e antes de botar no pote, aí era que enchia as garrafas pra por na geladeira. Não, agora a gente coa no filtro, passa pro pote e depois passa pra garrafas pra por na geladeira, melhorou muito mais. A gente achou ela melhor, mais refinada a água, né, as minhas meninas quando vêm lá pra casa, o meu genro, a gente achou melhor. É, agora a água da minha cisterna, agora, tá melhor mais do que tava, né.”

Francisco Cirleudo

Francisco Cirleudo Silva de Sousa

Morador da comunidade, agricultor, criador de gado e participante do Projeto Água Boa

 

“Rapaz, meu nome é Cirleudo, eu sou daqui da Cacimbinha, eu sou agricultor e criador, criador de gado e também agricultor, trabalho na agricultura, pela roupa aqui vocês tão vendo o jeito, né? Rapaz, o que eu tô achando é uma boa porque a gente de primeiro usava aqueles filtrozinho (filtro de barro). Ainda hoje eu tava comentando que de primeiro a gente comprava, gastava um horror de dinheiro pra comprar um filtrozinho daquele e quando ele caía no chão, que se quebrava, era um prejuízo grande, né, e hoje nós temos esse projeto aí que tem chegado até nós e tem sido uma boa, né, a gente beber uma água de qualidade, né. De primeiro a gente bebia uma água de cacimba, uma água, às vezes, até barrenta, né, e hoje graças a Deus a gente já tá melhorando assim o consumo da água, né, com o projeto aí que tem chegado até nós.

Rapaz, eu achei um gosto muito bom e que se a gente bebe dá vontade de beber mais ainda, né, uma coisa de qualidade, né? Rapaz, a água antes a gente bebia, botava no gela água, tirava da cisterna e coava e botava no gela água, mas hoje com esse sistema de filtro, né, a gente passa pelo filtro, bota no tambor de duzentos litros e daí é que bota no tambor de vinte litros pra botar no gela água.

Eu coloquei o balde, é, numa altura, assim, de três metros, né, e peguei o motor da cisterna, liguei direto no balde lá, aí quando… do balde eu já tirava a água, é, a água já potável, pode dizer assim, né, pro tambor de duzentos litros e no caso não precisava eu tá toda vida pegando no balde, só fazia ligar aqui o motor, o motor jogava no balde, enchia, a gente desligava e aí, de lá caía no tambor de duzentos litros, aí a gente apanhava já pra beber do tambor de duzentos litros.

E esse projeto eu apoio e queria dizer que é uma bênção, né, chegar um projeto desse até nós, né, aqui nessa localidade.”

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Projeto Água Boa

Projeto Água Boa

 

Tratamento Microbiológico de Água para o Consumo Humano

Solução Inovadora e Sustentável para o atendimento à famílias com Tratamento de Águas Brutas de Cisternas Domiciliares e Educação Socioambiental e Sanitária

Projeto Piloto realizado no Município de Pentecoste – CE – Brasil Assentamento Erva Moura – Cacimbinha (INCRA)

 

Síntese dos Trabalhos Realizados

O Projeto Água Boa em Cacimbinha foi lançado no dia 22 de março deste ano de 2019, em comemoração ao Dia Mundial da Água. Cacimbinha é composta por 60 famílias e fica localizada na cidade de Pentecoste – CE. Essa comunidade, distante 18 km da sede do município, faz parte do Assentamento Erva Moura/INCRA. Trata-se de uma comunidade carente e muito dependente de programas de transferências de renda do Governo Federal; a grande maioria sobrevive da agricultura e da criação de pequenos animais. Todas as famílias utilizam água das cisternas para o consumo humano. 100% das cisternas são de placa (cimento), antigas e em estado precário de conservação, muitas delas, inclusive, contendo infiltrações.

A meta principal do Projeto tem sido o tratamento das águas dessas cisternas, tornando-as potáveis, de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Foi estabelecida uma Parceria Técnica para o controle de qualidade com o Laboratório Central da Companhia de Água e Esgoto do Ceará – CAGECE. Vem sendo constatada a contaminação em praticamente todas as cisternas. Por outro lado, após a purificação com o Purafiltra, as águas ficaram livres de contaminação bacteriológica.

O Projeto adotou como método de trabalho o cadastramento das famílias, pesquisa sobre as condições sanitárias e de saúde delas, capacitação para o uso racional da água e de como utilizar e limpar o Purafiltra. Também foram feitos registros fotográficos, filmagens das atividades, depoimentos das famílias e produção de um relatório técnico.

Na realização desse Projeto pioneiro contamos com a participação ativa da comunidade e de suas agentes de saúde, da coordenação do Instituto Manamauê (idealizador do Projeto) e da Empresa Versati (desenvolvedora do Purafiltra), da cooperação dos senhores Francisco Zuza de Oliveira (agrônomo e consultor na área do agronegócio e desenvolvimento econômico) e Helder dos Santos Cortez, diretor da CAGECE (Unidade de Negócio do Interior – DNI), bem como demais colaboradores.

O Projeto é reconhecido pela comunidade que está satisfeita em usufruir de água potável, livres de contaminações e poderá ser utilizado como referência para outras comunidades carentes que não têm acesso a água potável, principalmente aquelas que dependem de abastecimento de água por carro-pipa ou de água das chuvas armazenadas em cisternas.

 

Fortaleza – CE, em 07/11/2019

 

 

Mais de 60 famílias beneficiadas

 

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